Paciente com comorbidades e com 90% de comprometimento pulmonar se recupera da Covid-19 e tem alta do Hospital de Patos
Ele já chegou no Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro, de Patos, no dia 25 de janeiro, em estado grave, sendo logo internado em leito de UTI. Hipertenso e diabético e com 90% da capacidade pulmonar comprometida, o 3º sargento da Polícia Militar, lotado em Catolé do Rocha, Levy Jerônimo dos Santos, 50 anos, foi intubado dois dias depois de ser internado, ficando nesta condição até o dia 13 de fevereiro. No último dia 20, ele teve alta da UTI, onde permaneceu 17 dias intubado, e seguiu para a enfermaria, de onde teve alta nesta quinta-feira (24) pela manhã.
Na saída, muita emoção de amigos, familiares, dos profissionais do hospital e de todos que acompanharam a luta de Levy e dos médicos durante os 29 dias que ele permaneceu internado.O clínico geral José Sampaio Neto, um dos profissionais que acompanhou a evolução do quadro do paciente na UTI Covid do Complexo, reforça que Levy era um paciente em estado muito grave. “O paciente já chegou grave, evoluiu com uma síndrome respiratória severa devido ao Covid, tinha um prognóstico bem reservado, foi intubado, teve parâmetros infecciosos muito difíceis, piora na função renal e apresentava um quadro muito crítico, mas ele conseguiu superar esse processo todo e de uma semana para outra teve uma melhora, evoluiu bem, depois foi extubado e realmente foi um acontecimento que nos marcou muito”, relatou.
Sobre o paciente ter agravado seu quadro, mesmo tendo sido vacinado com as três doses, o médico enfatizou que “vacinas salvam vidas, embora elas não impeçam que a doença se instale. Eu próprio, com a experiência de mais de um ano em UTI Covid, constatei que à medida que os idosos foram sendo vacinados o número de pacientes graves, nesta faixa etária, foi diminuindo. No caso de Levy, havia um agravante dele ter hipertensão e diabetes, mas, neste caso específico, o fato dele ter tido o esquema vacinal completo, inclusive com a dose de reforço, contribuiu para aumentar a resistência do organismo dele”.
A família de Levy acompanhou tudo com fé e oração. Todos os dias, inicialmente, por volta do meio dia, e depois às 18h, a esposa Rosa Maria Monteiro e os filhos do casal, Lucas e Lyncoln, cantavam e oravam próximo de uma janela da UTI Covid. “Quando ele foi internado, eu pedi a Deus em oração para me mostrar uma forma de ajudar meu esposo a sair daquela situação. O meu pensamento recaiu na forma de oração e louvor e assim fizemos todos os dias que ele permaneceu internado”, afirma Rosa.
No último dia 22, depois de ser transferido da UTI para um leito da enfermaria Covid, a equipe surpreendeu os familiares de Levy levando-o na cadeira de rodas, acompanhado de um médico, para que ele, mesmo de longe, pudesse ver seus familiares. O momento teve a participação do fisioterapeuta Hudleson Geine, que também é músico, e de posse de um violão tocou um louvor. O encontro inesperado foi registrado em vídeo e emocionou a todos pela forma humanizada como a cena foi conduzida.
“Pedimos que o enfermeiro levasse o celular para que ele falasse com a gente e, de repente, ele surgiu na porta e pudemos vê-lo, mesmo que distante. Foi uma emoção indescritível, ali tive a certeza de que Deus intercedeu em nossas vidas e escutou nossas súplicas, dos amigos e de tantas pessoas, conhecidas e desconhecidas, que se uniram numa corrente de oração pela cura dele”, afirmou Rosa.
SECOM-PB