Monark é desligado do Flow Podcast após defender partido nazista
Após defender a existência de um partido nazista, Monark é desligado do Flow Podcast. O anúncio foi feito nesta terça (8) pela redes do programa.
“O Flow Podcast surgiu de um sentimento de liberdade, pluralidade e transparência. Com isso, carregamos a responsabilidade de nos conectar com milhões de pessoas e é inevitável que grandes decisões exijam grandes responsabilidades”.
“Reforçamos o nosso comprometimento com a Democracia e Direitos Humanos, portanto, o episódio 545 foi tirado do ar. Comunicamos também a decisão que a partir deste momento, o youtuber Bruno Aiub @Monark está desligado dos Estúdios Flow”, diz a nota publicada.
Monark é sócio de duas empresas constituídas para administrar o Flow: a Flow Produção de Conteúdo Audiovisual e a IB Holding de Participações. Os Estúdios Flow não deixaram claro como será o desligamento dele.
Durante a edição desta segunda (7), na qual participavam os parlamentares Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB), o tema liberdade de expressão era discutido quando Monark falou sobre nazismo.
“A esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço. Eu sou mais louco que todos vocês. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei”.
Criado por Monark e por Igor Coelho (Igor 3K), o Flow é um dos podcasts com maior audiência do Brasil e tem 3,6 milhões de inscritos só no YouTube. O podcast já perdeu patrocinadores, e em 2021 Monark foi muito criticado depois de ter questionado no Twitter se “ter opinião racista é crime”.
Convidados pedem exclusão de vídeos
Lucas Silveira, da banda Fresno, Tico Santta Cruz, do Detonautas, Sidoka , Iberê Thenório, do Manual do Mundo, estão entre as os entrevistados do Flow Podcast que se manifestaram depois de Monark ter defendido a existência de um partido nazista na edição do podcast desta segunda (7).
Os convidados pedem que os vídeos que participam sejam excluídos do canal no YouTube.
Monark pediu desculpas após a repercussão negativa nas redes sociais e disse que estava bêbado ao fazer o comentário.
O apresentador também foi criticado por comunidades judaicas, e o podcast já perdeu ao menos quatro patrocinadores após a fala.
O mágico profissional Felipe Barbieri, o jornalista Benjamin Back e o criador do canal Ciência Todo Dia Pedro Loss também pediram a exclusão dos vídeos em que participam.
Fala sobre nazismo
O comentário de Monark, foi feito na edição desta segunda-feira (7) do podcast, da qual participavam Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB).
“A esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço. Eu sou mais louco que todos vocês. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei”, disse o apresentador.
Tabata rebateu o comentário e falou que a “liberdade de expressão termina onde a sua expressão coloca em risco a vida do outro”. “O nazismo é contra a população judaica e isso coloca uma população inteira em risco”, afirmou a parlamentar.
Após a repercussão negativa de sua fala, Monark publicou um vídeo de oito minutos dizendo que ela foi tirada de contexto e que ele considera o nazismo abominável.
O podcaster argumentou no vídeo que defende a liberdade de expressão para “saber quem é idiota para que a gente possa ou educar essa pessoa, se for possível afastar essa pessoa e, se ela estiver cometendo um crime, punir essa pessoa”. “É muito mais fácil descobrir quem ela é se a gente deixa ela falar”, ele argumentou. Ele também se disse vítima da “cultura do cancelamento”. Veja o vídeo.
Depois ele publicou um novo vídeo dizendo que errou e que pediu desculpas. Monark afirmou que estava bêbado durante o programa, pediu compreensão e convidou pessoas da comunidade judaica a ir ao seu programa conversarem com ele e explicarem mais “sobre toda a história”.
G1