Dos sete assaltantes mortos em confronto com a polícia, um era da cidade de Patos
As identificações de seis dos sete homens que foram mortos em confronto com a polícia na madrugada desta segunda-feira (13), em Cubati, no Seridó paraibano, foram divulgadas. Apenas um dos suspeitos ainda não teve seu nome revelado. De acordo com os dados da Polícia Civil, dois membros da organização criminosa são do Sertão da Paraíba.
Cícero da Silva conhecido, como “Ciço Carvão”, de 54 anos, residia no Jardim Sorrilandia, em Sousa; e João Eudes de Sousa Torres, 37, popularmente conhecido como ‘Pequeno’, era do bairro Alto da Tubiba, em Patos.
Os demais envolvidos são de regiões distintas, como Seridó e Cariri, veja abaixo:
– Halinson José Souza Santos – “Véi de Cubati”, 39 anos, residia em Cubati;
– Rodolfo Morais Ferreira – 25 anos, também de Cubati;
– José Antonio Alves dos Santos – “Nego da Ponte”, 53 anos, zona rural de Boqueirão, Cariri da Paraíba;
– Jucelio Rodrigues da Silva Santos – ‘Célio’, 30 anos, de Livramento, Cariri da Paraíba.
Coletiva
Após coletiva de imprensa nesta segunda-feira (13), a Polícia Civil deu detalhes da Operação que resultou na morte dos sete suspeitos. Conforme o relato, a organização criminosa que foi desarticulada era responsável por ataques a agências financeiras e a carros-fortes no Nordeste.
Ainda conforme a polícia, os resultados da ação se deu por meio do fruto de uma investigação da Polícia Civil da Paraíba, Polícia Federal (Rio Grande do Norte e Pernambuco), Polícia Rodoviária Federal e Força-Tarefa do Sistema Único de Segurança Pública do Rio Grande do Norte.
O confronto
O grupo estava reunido em uma casa na zona rural de Cubati, fortemente armado, e se preparava para atacar uma agência bancária no município de Taperoá (PB). Policiais da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), do Grupo de Operações Especiais (GOE) e da Delegacia de Homicídios e Entorpecentes (DHE) de Patos fizeram o cerco no imóvel e foram recebidos a tiros. Sete assaltantes foram baleados no confronto e não resistiram aos ferimentos.
Armamento pesado
Com os suspeitos, os policiais apreenderam dois fuzis, uma espingarda calibre 12, duas pistolas, um revólver, munições de vários calibres e grampos que as quadrilhas espalham na pista, durante a fuga, para impedir a chegada de viaturas. Ferramentas como marreta, “pé-de-cabra” e uma esmerilhadeira também foram apreendidas, todas utilizadas para arrombar caixas eletrônicos.
Investigação
Durante entrevista coletiva à imprensa, o delegado-geral da Polícia Civil da Paraíba, André Rabelo, disse que a investigação conjunta já vinha sendo construída há cerca de dez meses, devido ao histórico criminal dos assaltantes, todos eles já conhecidos pelas polícias. Na avaliação de Rabelo, o desfecho da operação foi inevitável e representa mais segurança para a população.
“Quem mais sofre com os ataques dessas quadrilhas é sociedade local onde os fatos criminosos acontecem. Essa sociedade sofre durante meses sem os serviços de uma instituição bancária. Além disso, esses ataques a bancos, quando os criminosos conseguem concretizá-los, isso capitaliza o crime e se reverte nisso daqui: armas de grosso calibre e muita munição, para causar mais prejuízo à população”, disse o delegado-geral.
André Rabelo destacou ainda o apoio logístico dado pela Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social (SESDS), durante todo período em que os criminosos vinham sendo investigado pelos policiais paraibanos.
“Não foi ação de um dia, não foi ação de um mês. Foi uma ação de muito esforço, de muito tempo e muito bem planejada. Graças a Deus, foi uma grande ação de segurança pública para a sociedade”, concluiu.
Em todo o Nordeste
O delegado titular da DRACO, Diego Beltrão, frisou que o grupo criminoso desarticulado nessa operação era procurado por polícias de vários estados do Nordeste, devidos aos crimes cometidos nessas unidades federativas.
“Eles já estavam prontos para atacar agências bancárias em Taperoá. E se esse confronto tivesse acontecido dentro da cidade, correria o risco de algum morador ser atingido, pois o poder de fogo dessas armas é muito grande. Até isso foi pensando por nós, durante os preparativos da operação”, destacou Beltrão.
IPC
O Instituto de Polícia Científica (IPC) da Paraíba está concluindo os trabalhos de identificação dos assaltantes. Mas a investigação constatou que, no grupo, existem criminosos da Paraíba e de Pernambuco.
Diário do Sertão