Correspondente Bancário é acusado de dar golpe de R$ 500 mil reais em Patos; funcionária da detalhes sobre o caso
Em entrevista ao jornalista Higo de Figueiredo, da Rádio Espinharas de Patos, a funcionária da Casa Lotérica falsa Enterpag, Lisandra Costa, deu detalhes de conversas que teve com os proprietários e, possivelmente, golpistas João Paulo de Almeida e Marcelo Dias Lima Fialho, estes que teriam sumido com cerca de 500 mil reais roubados de clientes em Patos, do não pagamento de boletos e contas bancárias
Lisandra era caixa na lotérica e contou que tudo parecia muito normal para uma agência bancária, funcionava normalmente, as contas eram pagas, e que não estranhou o trabalho porque tudo estava dentro dos parâmetros.
“O sistema era todo pelo Banco do Brasil. Todos os boletos eram pagos e os depósitos eram feitos, mas tinha um problema, era como se estivesse indo para outra ponte, que eles chamavam de liquidação, por isso só era realmente pago quando eles faziam essa liquidação. De segunda da semana passada até a sexta, todos os boletos foram constados, mas várias pessoas já vieram à delegacia e disseram que a partir de segunda dessa semana, os boletos não foram constados”, contou ela.
Segundo Lisandra, apenas uma coisa causou estranheza nela: a bondade dos proprietários. A forma como eles tratavam as pessoas era muito suspeita, diferente do normal. Ela disse que também foi surpreendida pela notícia.
“Eu estranhei a bondade dele. Todo mundo que chegava lá ele tratava todos muito bem, não só nós funcionários, mas todo mundo que chegasse lá. Acredito que o valor total do golpe foi, no mínimo, uns 500 mil reais. Acredito que eles trabalharam em Patos por 10 dias. Quando nós mandávamos mensagens nos grupos eles sempre respondiam. Quando chegamos hoje na loja estava tudo virado, álcool nas paredes, como se eles quisessem limpar as digitais”, declarou Lisandra.
Alguns detalhes da vida deles também veio à tona. Lisandra afirmou que pelas falas deles não dava para acreditar em outra coisa, a não ser que tudo estava normal. Ela lamentou o desfecho da história.
“Eles contavam que tinham sido sequestrados e tinham saído de Minas Gerais para Fortaleza, onde tinha vários correspondentes bancários e empresa de locação de carros, as que vieram pra Patos para tomar de conta da empresa porque não conseguiu ninguém para administrar. Ele falou que nós íamos fazer 15 dias de teste e que iria nos contratar amanhã, mas deixaria apenas os que estavam progredindo na empresa”, disse ela.
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