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Vítima de feminicídio tinha denunciado ameaças do ex-marido e estava com medida protetiva

A jovem Raíssa de Sá, morta pelo ex-marido nessa quinta-feira (21) na cidade de Belém, Agreste paraibano, tinha denunciado à polícia havia apenas uma semana que vinha sofrendo ameaças. Como acompanhou o ClickPB, Oberto Barros, conhecido por Betinho Barros, que tirou a própria após matar a ex-companheira, estava impedido de se aproximar da vítima desde o último dia 14, quando a Justiça concedeu uma medida protetiva em favor de Raíssa.

Conforme informações do delegado da Polícia Civil, Luciano Soares, em entrevista à TV Arapuan, Raíssa procurou a delegacia especializada, em Guarabira, no dia 13 e mostrou mensagens enviadas a ela por Betinho onde ele dizia estar vendendo os móveis de casa para comprar uma arma e matá-la.

Diante da denúncia da vítima, o Boletim de Ocorrência foi registrado e enviado imediatamente para a Justiça, que no dia seguinte concedeu a medida protetiva.

Um oficial de justiça informou a Betinho que ele estava proibido de se aproximar de Raíssa, que estava morando em Guarabira na casa da avó para evitar contato com o ex-marido.
Na noite ontem, Raíssa estava em Belém na casa da mãe quando o crime aconteceu. A polícia está investigando como Betinho conseguiu entrar na casa onde ela estava. “Devido a comoção muito grande de ontem não conseguimos na hora pegar essas informações, mas estamos investigando para saber como ele entrou lá e se havia mais alguém na casa na hora do crime”, disse Luciano Soares.

Betinho e Raíssa estavam em processo de separação. Porém, de acordo com as informações iniciais, ele não se conformava com isso e vinha ameaçando a jovem desde o fim do relacionamento. Ele então matou a vítima com tiros e depois tirou a própria vida.

Betinho já tinha sido vereador de Belém e atualmente era o secretário de Comunicação da cidade.

ClickPB

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