Ciro Gomes propõe pagar R$ 1 mil a famílias carentes e diz que dinheiro virá de taxação de fortunas
O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, afirmou nesta quarta-feira que deve propor, caso seja eleito, um programa de renda mínima de R$ 1 mil reais para famílias de baixa renda. Segundo o pedetista, o benefício substituiria o Auxílio Brasil, cujo valor hoje é de R$ 600 reais. O presidenciável disse que os cálculos feitos por sua campanha indicam que será possível aumentar o valor do benefício social.
A proposta de um programa de transferência novo já havia sido anunciada pelo presidenciável durante o período da pré-campanha e consta no programa de governo do pedetista, divulgado na terça-feira. No entanto, Ciro ainda não tinha informado qual seria o valor do auxílio.
— Esse programa de renda mínima, nossos primeiros ensaios estão chegando à possibilidade de nós chegarmos a R$ 1 mil por domicílio para todas as famílias carentes do Brasil — disse Ciro, durante um evento de entidades de auditores fiscais, em Brasília.
O pedetista, no entanto, não informou quantas pessoas seriam beneficiadas pelo programa.
Para custear o programa, Ciro quer unificar o Auxílio Brasil, sucessor do Bolsa Família, com os demais benefícios sociais, como a aposentadoria rural e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Além disso, pretende conseguir o restante dos recursos com a taxação de grandes fortunas, que seria implementada após a reforma tributária defendida por Ciro. O pedetista defende uma alíquota de, no mínimo, 0,5% sobre bens acima de R$ 20 milhões.
Pelas contas do presidenciável, a medida, que atingiria cerca de 60 mil contribuintes, pode gerar aproximadamente R$ 60 bilhões em receita. Seria com esse montante que Ciro custearia seu programa de renda mínima.
O Globo