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Operação prende delegado que cobrava vantagem indevida de presos em Teixeira

A Polícia Civil de Patos desencadeou a Operação Fianza, em Teixeira-PB, na manhã desta terça-feira, dia 14 de dezembro, para cumprir prisão preventiva e mandados de busca e apreensão expedidos pela comarca local.

Segundo informações colhidas pela investigação da Polícia Civil, um dos delegados de polícia que atuava em Teixeira estaria cobrando vantagem indevida e se apropriando de bens apreendidos durante as prisões em flagrantes e operações simples de abordagens.

A Polícia, entretanto, não quis divulgar ainda o nome do delegado que foi preso, porque o caso está em segredo de justiça, e a informação poderia, segundo eles, atrapalhar as investigações. Em troca, o delegado reduzia o valor a ser pago de fiança pelos presos, parentes ou advogados, o que é caracterizado como sendo crime de corrupção passiva.

Além disso, as investigações apontaram também que dois advogados de Teixeira trabalhavam junto ao delegado, quando participavam de negociações indevidas, oferecendo valores para que o agente liberasse ou beneficiasse os seus clientes de alguma forma.

A Polícia passou três meses investigando as denúncias e colhendo mais informações, quando constatou a prática dos crimes, o que culminou com a expedição de mandado de prisão contra o delegado e decretação de medidas cautelares diversas da prisão contra os advogados, além da expedição de mandados de busca e apreensão para as suas residências e para as residências das pessoas beneficiadas pelos crimes.

O Delegado Cristiano Jacques – Superintendente Regional de Polícia Civil – disse que o trabalho em conjunto com o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado do MPPB (GAECO) e o apoio incondicional de órgãos como o Instituto de Polícia Científica e Polícia Militar da Paraíba foram cruciais para o êxito da investigação.

O Delegado Yuri Givago – Delegado Seccional de Patos – relatou que a operação de campo contou com policiais da Delegacia de Homicídio e Entorpecentes de Patos, Delegacia de Repressão ao Crime Organizado e Grupo de Operações Especiais, tendo sido cumpridas todas as ordens emitidas pela justiça. Acrescentou que o delegado será custodiado na Central de Polícia de João Pessoa, à disposição da justiça.

O Delegado André Rabelo – Delegado Geral de Polícia Civil – indicou que essa é uma marca da nova gestão da Polícia Civil: atuação firme contra crimes funcionais e atuação com os órgãos parceiros para a consecução dos objetivos. Ressaltou que é intolerável que servidores públicos detentores de parcela do poder estatal se corrompam e subvertam o sistema de justiça criminal, além da participação de advogados em crimes dessa natureza (que tanto ferem direitos fundamentais e a própria democracia).

Patosonline.com

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